sábado, 4 de agosto de 2007

Aguardando inspiração pra falar de duas "DIVAS"



Há tempo que fico entre a certeza de precisar narrar fatos e a vontade de escrever sobre os sentimentos.
Lancei-me num desafio de atrair a inspiração ao invés de espera-la.
Começo do que chamo de "bom devaneio", que pra ser bom tem que começar com algumas questões. O que é enxergar uma "diva"? O que é perceber sinais "divinais"? Será um tipo de amor inconteste? Ou será a projeção do seu divino?
A maestria natural na forma de conduzir um talento, sinal primeiro de que estamos diante do nascimento de uma "diva". A voz que flui com harmonia, zombando ingenuamente, da técnica e dispensando acompanhamentos, que fazem sentir com energia física e espiritual. O magnetismo inerente às boas expressões da "fala do corpo" na arte de interpretar são argumentos que indicam os sinais divinos. Quando essas evidências são confirmadas, trazem, de graça, os porta vozes daquilo que você sempre sentia e não encontrava palavras, gestos ou formas de expressar. Você sente um amor estranho, diferente, o som e tudo que vem daquela criatura entra na corrente sanguínea e promete lhe acompanhar pelo resto da sua vida. Estamos diante de uma "Diva", conjunto de sensibilidade feminina, mais ingenuidade infantil, mais olhos de amante sofrida, mais retrato fiel de você nunca visto ou falado e prova da existência do amor.
Fico assim, sou assim e, permaneço assim, quando vejo, ouço e falo em Maria Bethânia e Carol Assemany. Na primeira as marcas do mosaico da minha vida, na segunda, a "colcha de retalhos" da minha existência humana e divina.